Rainha Santa Isabel de Portugal
Santa Isabel nasceu em 1271, na cidade de Saragoça, na Espanha, onde reinava o seu avô paterno, dom Jaime I. A princesa recebeu este nome por desejo de sua mãe, Dona Constança, em recordação de sua tia, Santa Isabel da Hungria, cujas virtudes deviam servir-lhe de modelo. Com a morte de Dom Jaime, assumiu o trono o pai de Isabel, Dom Pedro de Aragão. Muitos príncipes apresentavam-se a Dom Pedro como pretendentes à mão desta admirável menina. Porém, em 11 de Fevereiro de 1282 ela é dada em casamento a Dom Diniz, o Rei de Portugal.
Isabel deu ao Rei dois filhos: Constança, futura Rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. As numerosas aventuras extraconjugais de seu marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabel mostrava-se magnânima no perdão, criando, com igual afeto, os filhos ilegítimos de Diniz.
Sua vida foi marcada por quatro virtudes fundamentais: a piedade, a caridade, a humildade e a inquietude pela paz. Tornou-se uma mulher de grande piedade, conservando em sua vida, a prática da oração e a meditação da Palavra de Deus. Buscou sempre a reconciliação e a paz entre as pessoas, as famílias e até entre as nações. Viveu uma profunda caridade sendo sempre sensível às necessidades dos pobres e excluídos.
Após a morte de seu esposo, vestiu o hábito de franciscana para ficar livre e entregar-se e entregar-se inteiramente à obras assistenciais que havia fundado. Isabel faleceu em 4 de Julho de 1336 (aos 65 anos), abatida por uma doença que se agravou durante uma viagem realizada na busca de reconciliar seu filho Dom Afonso IV de Portugal, e seu neto Dom Afonso XI da Castela, que haviam declarado guerra entre seus reinados. Até hoje a Rainha Santa é venerada com muito carinho e admirada em susas virtudes.
Nos dias de hoje, na Igreja de Santa Calra, na cidade de Coimbra, em Portugal, pode ser visitado o rico sarcófago de prata e vidro, com o corpo incorruptível da Rainha Santa. É dessa forma que o povo chama, carinhosamente, a nossa Padroeira Santa Isabel, que foi Rainha de Portugal. Não há de passar um testemunho tão lindo e tão santo. Santa Isabel nos inspira ainda hoje no seguimento de Jesus a construir a paz, partilhar o pão da justiça e distribuir rosas de alegria aos nossos irmãos e irmãs sofredores.
Fonte: "A vida de Santa Isabel" - NUNES, Cesar Aparecido, 1982, SP.
A presença de Jesus está nos pobres e nos sofridos. A santidade dos olhos está em saber reconhecer este Jesus nos pobres que nos cercam. E, nesta obra, Isabel foi provada como santa. Um dia recolheu um mendigo leproso aos seus aposentos reais, curando suas feridas. Seu esposo, Rei Dom Diniz, avisado por um criado, correu a repreendê-la. Entrando no quarto, o próprio rei vê que o rosto do mendigo tomava a face de Jesus, e mais uma vez o rei pede perdão à Rainha Santa.
A fama da santidade de Isabel já tomava conta do reino todo. A ela corriam todos os pobres e tudo o que a rainha possuía ela distribuía entre eles. Descia com o avental cheio de moedas e alimentos. Fundou orfanatos e construiu muitas igrejas. Freqüentemente o esposo, Dom Diniz, repreendia sua generosidade. Até que um dia a proibiu de descer ao pátio com os pobres e ajudá-los.
Então Isabel escolhia os dias que o rei saía em viagens e caçadas para reunir seus pobres e distribuir dinheiro e alimentos às ocultas. Foi numa dessas ocasiões que aconteceu o agora famoso “Milagre das rosas”.
Aproveitava Isabel a saída do rei para recolher os pobres e partilhar o seu pão. Era inverno e não havia nem flores nem ramos verdes no jardim. Isabel caminhava pelo pátio com o avental e o manto cheio de pães quando é avisada por suas damas que o rei retornava pelo mau tempo. O rei então a surpreende pelo caminho e pergunta:
– “O que tens no seu colo Isabel? Quero a verdade!”
– “São rosas… rosas… meu senhor”, diz a rainha.
O rei sorri ironicamente, olhando o jardim seco pelo frio e diz:
– “Rosas, com esse inverno?”
– “Sim, são rosas”, disse a rainha.
– “E eu não posso ver estas rosas, talvez a rainha queira ofertar ao rei uma delas. Elas são tão raras no inverno…”
As criadas empalideceram pois acharam infantil demais a resposta de Isabel. O rei agora iria castigar a mentira. Então Isabel serenamente abre seu manto, dizendo:
– “Veja, meu senhor, são rosas, perfumadas e muito belas!”
O rei, as criadas e todos compreenderam que um grande milagre acontecera. E todos ficaram num grande silêncio.
O rei desmontou-se do cavalo e beijou as santas mãos da rainha piedosa.
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